quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Como reduzir o custo do Glaucoma?

O Glaucoma é uma doença ocular com várias facetas. Seu tratamento geralmente consiste em reduzir a pressão ocular utilizando colírios. Os colírios agem de diferentes formas, conforme a sua classe medicamentosa. Ultimamente tivemos o incremento das análogas das prostaglandinas, que são utilizadas isoladamente ou associada a outros colírios. Geralmente os pacientes utilizam associações de dois ou mais colírios para se atingir a "pressão alvo", ou seja, a menor pressão ocular que mantém os danos causados pelo glaucoma sem evolução, identificados pelo campo visual, análise da escavação do disco óptico e da camada de fibras nervosas. Quando atingimos este ponto, dizemos que a doença está controlada, pois até o momento não existe uma cura para o glaucoma, apenas o seu controle clínico. Outra maneira de atingir este controle é através de cirurgia, que se baseia no mesmo princípio clínico dos colírios.

Existem algumas maneiras de reduzir o custo, e até mesmo aumentar a eficiência e a redução dos efeitos colaterais dos colírios. Abaixo segue algumas orientações:

  1. Apenas uma gota é suficiente. Em virtude do pequeno volume comportado pelas pálpebras, apenas uma gota é suficiente para preencher o espaço entre as conjuntivas. Geralmente uma gota ultrapassa este limite. No caso de colírios análogos de prostaglandinas ( Xalatan®, Travatan®, Lumigan® e suas associações), o custo elevado justifica este cuidado, pois o seu volume restrito é compensado com o orifício menor do frasco.
  2. Após pingar os colírios, feche os olhos. Fechar os olhos logo após a instilação ajuda a reduzir os efeitos sistêmicos (queda de pressão, redução dos batimentos cardíacos, alergias, etc) e ajuda na absorção do colírio pelo olho. O tempo necessário para maximizar a absorção é de pelo menos 1 minuto.
  3. Não pingue colírios simultaneamente. Para os pacientes que utilizam mais de 1 colírio, a espera entre uma instilação e a outra não deve ser menor que 10 minutos. Isto evita que um colírio "lave" o outro, reduzindo o efeito que a associação deve provocar.
  4. Peça ajuda. O tamanho diminuto dos frascos, a mira correta e a dificuldade de enxergar para perto, o que atinge a maioria das pessoas acima de 40 anos, torna a tarefa diária de pingar colírios um verdadeiro desafio. Manter-se em um local tranquilo, confortável, e de preferência, deitado, melhora em muito o controle clínico da doença, e isto significa redução de custos.
  5. Utilize associações. Discuta com seu médico a possibilidade de associar colírios. Além de reduzir a quantidade de vezes que é necessário instilar os colírios, o uso de associações geralmente é mais barato e confortável.
  6. Pesquise os melhores preços. Quando perguntamos aos pacientes quanto se está gastando para comprar os colírios, não raro vemos diferenças superiores a 100% entre um paciente e outro. Pesquisar os melhores preços é a melhor maneira de economizar, e muitas farmácias mantém programas de fidelidade que reduz o custo final. Afinal, uma vez diagnosticado o glaucoma, o uso dos colírios deve ser contínuo.
  7. Filie-se a programas de tratamento do glaucoma. Muitas empresas, com o intuito de fidelizar os seus clientes, mantém programas especiais para venda de colírios e apoio para os portadores da doença e seus familiares.

Programa de benefícios

Pfizer® - Colírios: Xalatan®, Xalacom®
Telefone: 0800 12 6644

Para saber outros programas, entre em contato com o serviço de apoio ao cliente da empresa que fabrica o colírio, ou entre em contato com a farmácia de sua preferência.

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Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

www.olyntho.med.br

São José do Rio Preto - SP


 

 

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cuidados no Verão - Óculos de Sol

Porque é necessário utilizar óculos de sol?

Quando nos expomos ao sol, mesmo nos horários apropriados, recebemos os efeitos benéficos, como o efeito anti-depressivo dos raios solares e o estimulo para a produção de Vitamina D, essencial para a absorção de cálcio e manutenção de nossos ossos; mas também recebemos os efeitos cumulativos dos raios ultravioletas. Em nossa região, ensolarada praticamente 365 dias por ano, a exposição dos olhos a estes raios leva ao desenvolvimento de alterações na conjuntiva, como o pterígio, uma pele que cresce por cima da córnea, aparecimento precoce de catarata e envelhecimento precoce da retina, chamada Degeneração Macular. O uso adequado dos óculos de sol permite a prevenção destes problemas e uma visão melhor sob o sol.

Quais são os benefícios do uso?

Além do conforto visual, permitindo uma visão melhor mesmo nos dias mais claros, o óculos de sol bloqueia os raios ultravioletas, evitando que haja o sofrimento dos tecidos oculares e o aparecimento de doenças que prejudiquem a visão. Como é necessário anos para que estas alteraçoes apareçam, o uso contínuo é recomendado ao se expor a luz solar.

Como deve ser feita a escolha dos óculos?

Para se obter a proteção adequada, as lentes devem ser fabricadas de tal maneira que funcionem como uma barreira a estes raios. Para isto é necessário verificar se há proteção contra os raios UVA, que são 95% dos raios ultravioletas, e UVB. As lentes devem cobrir adequadamente os olhos para que esta proteção seja efetiva. Outro fator importante é o conforto, pois se o uso não for prazeiroso, a chance do óculos não ser utilizado é muito grande.

O que acontece com a pessoa que utiliza óculos sem proteção nas lentes?

Quando utilizamos óculos de sol, a diminuição da luz que atinge nossos olhos provoca a abertura da pupila, para que mais luz entre em nossos olhos para vermos melhor. Se as lentes dos óculos não possuem uma proteção adequada, mais radiação atingirá o cristalino e a retina, o que sem a utilização dos óculos não aconteceria. Esta exposição aumentada pode abreviar o aparecimento de alterações nestes locais que levam a redução da visão. Os efeitos são cumulativos e demoram anos para aparecer algum sintoma. Outra queixa que é comum em usuários de óculos de sol sem proteção é a sensação de ardência ocular, sensação de areia ao piscar e olho vermelho quando se expõem ao sol, provocado pela queimadura dos olhos pelos raios ultravioletas.

Como saber se os óculos realmente possuem determinada proteção?

O mais importante é ter certeza da procedencia dos óculos que irá comprar. As óticas podem orientar a melhor opção levando em conta o conforto visual, a adaptação adequada ao rosto e ao tipo de uso. Geralmente as lentes possuem selos indicando a presença da proteção, o que apenas tem validade para os óculos de boa procedência. Há equipamentos que medem a proteção ultravioleta, atestando a sua presença. Caso tenha dúvidas sobre a proteção de um óculos, a melhor conduta é trocá-lo por um que você tenha certeza que estará protegendo os seus olhos.

 

Fonte:

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

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São José do Rio Preto - SP


A importância da saúde dos olhos.

A visão é um dos mais importantes sentidos que temos, é a forma com a qual conseguimos compreender toda a complexidade do mundo em que vivemos, mas ao mesmo tempo, devido a naturalidade com a qual somos contemplados com ela, deixamos de perceber o quanto ela é essencial.

O olho funciona, em uma visão simplista, como uma câmera fotográfica. A córnea é a lente da máquina; a íris funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que entra no olho; o cristalino funciona como a objetiva, controlando o foco no que está sendo visto; e a retina, onde temos os fotorreceptores, é o filme desta fantástica máquina. Assim como as máquinas fotográficas mais modernas, temos um processador que irá analisar estas informações, que é o cérebro.

Qualquer alteração em algum destes pontos irá provocar uma distorção ou até mesmo a perda da capacidade de enxergar. Felizmente a grande maioria destes distúrbios é facilmente resolvida com o uso de algum tipo de correção óptica, seja com o uso de óculos, lentes de contato ou até mesmo através de intervenção cirúrgica. Apenas para se ter uma idéia da incidência de distúrbios oculares, estima-se que 70% da população necessite de óculos.

O diagnóstico precoce de problemas oculares é muito importante para garantir a qualidade da visão, e para tanto é muito importante que a primeira avaliação seja feita nos primeiros meses de vida, permitindo assim que um tratamento adequado evite problemas mais sérios no futuro. A capacidade de enxergar é desenvolvida nos primeiros anos de vida, e qualquer distúrbio não corrigido neste período poderá causar a perda parcial ou completa da visão.

Para as crianças o ideal é que a acuidade visual seja avaliada anualmente, sendo que após a idade escolar esta avaliação poderá ser feita a cada dois anos. Após os 40 anos as avaliações deverão ser mais freqüentes em virtude da necessidade de correção para perto (presbiopia) e da maior incidência de doenças oculares, como o glaucoma e a catarata. Uma visita ao seu oftalmologista permitirá uma análise precisa de sua saúde ocular.

Como vimos a visão é um sentido extremamente complexo, e se não cuidarmos a tempo poderemos perdê-la definitivamente. Se necessitamos de qualquer tipo de correção ocular e não o fazemos, estaremos perdendo detalhes preciosos do mundo em que vivemos, deixando de apreciá-lo em toda a sua plenitude.

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

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Quando Menos é Mais

A cirurgia de catarata sofreu diversas mudanças nos últimos anos. Após a facoemulsificação ter se tornado o padrão ouro para a remoção do cristalino opacificado, muitas técnicas, equipamentos e produtos foram desenvolvidos ou aperfeiçoados para proporcionar uma visão cada vez melhor.

Entende-se como facoemulsificação a técnica onde se utiliza um aparelho especialmente desenvolvido para a cirurgia de catarata que possui uma caneta, conhecida tecnicamente como probe. A ponta desta caneta é introduzida no olho, levando o ultrassom de alta freqüência produzido pelo aparelho para próximo do cristalino. As ondas de choque do ultrassom emulsificam, ou seja, dissolvem o cristalino opacificado dentro do olho, e no seu lugar é implantado uma lente que devolverá a visão ao paciente.

A facoemulsificação foi desenvolvida há mais de 40 anos, mas inicialmente o resultado pós operatório era inferior ao obtido com a cirurgia tradicional, a facectomia extracapsular, onde o cristalino é retirado inteiro através de uma incisão de 5 a 8 mm. Esta técnica é ainda utilizada em cataratas muito maduras, quando o uso do ultrassom pode causar seqüelas. As principais desvantagens desta técnica é a recuperação mais lenta do paciente, os cuidados no pós operatório e a alta incidência de astigmatismo em virtude da sutura da incisão.

A facoemulsificação permite a retirada do cristalino através de uma incisão em torno de 3 mm, o que significa um trauma menor ao olho, uma recuperação mais rápida do paciente e uma visão melhor. Uma das principais vantagens desta técnica é que esta incisão não necessita de sutura, o que reduziu o aparecimento de astigmatismo nos olhos operados.

A técnica foi evoluindo e nos últimos anos a incisão para a emulsificação do cristalino foi reduzido para valores abaixo de 1mm, o que necessita de técnica e materiais especiais para a sua realização. No último mês o autor viajou até a Índia a convite do Dr. Amar Agarwal para conhecer a técnica que desenvolveu para a remoção do cristalino através de uma incisão de 0,7 mm, a mesma espessura de uma lapiseira, conhecida como MicroPhakonit. Além da incisão menor para a retirada do cristalino, outro diferencial é a recuperação mais rápida da visão, onde não é raro o paciente apresentar uma visão de 100% algumas horas após a cirurgia.

Algumas das vantagens e desvantagens desta técnica:

• A menor incisão propicia um trauma menor ao olho e menos, ou nenhum, astigmatismo

• O MicroPhakonit utiliza menos ultrassom, o que reduz em muito as complicações e o tempo de recuperação no pós-operatório

• Necessita de lentes intraoculares especiais para passar pela incisão menor e reduzir o astigmatismo, que podem ser monofocais ou multifocais(visão para perto e longe)

• Não pode ser feita em cataratas muito duras

• Estabilização da visão geralmente ocorre em no máximo duas semanas, metade do tempo em relação a facoemulsificação tradicional

Vale ressaltar que apesar dos avanços, a cirurgia de catarata continua a ser um procedimento com os seus riscos, que embora calculados nos traz desafios ímpares a cada novo paciente. Uma nova técnica, apesar das vantagens, não elimina as técnicas já consagradas e necessitam ser bem indicadas para que se obtenha o resultado desejado.

 

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

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A importância da saúde dos olhos.

A visão é um dos mais importantes sentidos que temos, é a forma com a qual conseguimos compreender toda a complexidade do mundo em que vivemos, mas ao mesmo tempo, devido a naturalidade com a qual somos contemplados com ela, deixamos de perceber o quanto ela é essencial.

O olho funciona, em uma visão simplista, como uma câmera fotográfica. A córnea é a lente da máquina; a íris funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que entra no olho; o cristalino funciona como a objetiva, controlando o foco no que está sendo visto; e a retina, onde temos os fotorreceptores, é o filme desta fantástica máquina. Assim como as máquinas fotográficas mais modernas, temos um processador que irá analisar estas informações, que é o cérebro.

Qualquer alteração em algum destes pontos irá provocar uma distorção ou até mesmo a perda da capacidade de enxergar. Felizmente a grande maioria destes distúrbios é facilmente resolvida com o uso de algum tipo de correção óptica, seja com o uso de óculos, lentes de contato ou até mesmo através de intervenção cirúrgica. Apenas para se ter uma idéia da incidência de distúrbios oculares, estima-se que 70% da população necessite de óculos.

O diagnóstico precoce de problemas oculares é muito importante para garantir a qualidade da visão, e para tanto é muito importante que a primeira avaliação seja feita nos primeiros meses de vida, permitindo assim que um tratamento adequado evite problemas mais sérios no futuro. A capacidade de enxergar é desenvolvida nos primeiros anos de vida, e qualquer distúrbio não corrigido neste período poderá causar a perda parcial ou completa da visão.

Para as crianças o ideal é que a acuidade visual seja avaliada anualmente, sendo que após a idade escolar esta avaliação poderá ser feita a cada dois anos. Após os 40 anos as avaliações deverão ser mais freqüentes em virtude da necessidade de correção para perto (presbiopia) e da maior incidência de doenças oculares, como o glaucoma e a catarata. Uma visita ao seu oftalmologista permitirá uma análise precisa de sua saúde ocular.

Como vimos a visão é um sentido extremamente complexo, e se não cuidarmos a tempo poderemos perdê-la definitivamente. Se necessitamos de qualquer tipo de correção ocular e não o fazemos, estaremos perdendo detalhes preciosos do mundo em que vivemos, deixando de apreciá-lo em toda a sua plenitude.



Dr. Marco A. Olyntho
Médico Oftalmologista
São José do Rio Preto-SP

O Verão e o cuidados com os Olhos

Quando se pensa no verão, que apesar de iniciar somente no dia 21 de dezembro parece que já começou, o que vem a mente são os cuidados com a pele, o cabelo, as roupas de verão, o uso de bronzeadores e o tempo em que se fica exposto ao sol para adquirir aquele bronzeado desejado, e com a maioria das pessoas se esquecendo de um detalhe precioso, que é o cuidado com os olhos nesta estação do ano.

O sol é apenas um dos fatores de cuidados durante o verão. A exposição ao calor, a água da piscina e do mar, além das atividades ao ar livre também estão envolvidos na saúde ocular.
Quando estamos expostos a luz solar, além do calor, sofremos também os efeitos da radiação ultravioleta. Como na pele, que pela exposição excessiva pode provocar câncer, rugas, envelhecimento precoce e queimaduras, no olho também provoca danos pelo seu efeito imediato e cumulativo. Tanto na praia como na piscina, a radiação solar por incidência direta ou indireta, refletida pela areia, água e superfícies claras, pode provocar queimaduras oculares, o que causa vermelhidão, conjuntivite, dor e ardência ocular. A longo prazo a radiação solar leva ao desenvolvimento da catarata, uma alteração da transparência do cristalino que leva a redução da visão, além de degenerações na retina.
Para proteger os olhos é necessário a utilização de óculos de sol com proteção anti-UVA e anti-UVB, os dois tipos de radiação ultravioleta que mais estamos expostos. Os óculos são recomendados para adultos e principalmente as crianças, que são mais sensíveis, e junto com bonés e viseiras, devem ser utilizados durante todo o tempo de exposição ao sol. É imprescindível atestar a qualidade de bloqueio dos óculos de sol à luz ultravioleta, pois ao utilizar óculos sem esta proteção na verdade estamos aumentando a chance de lesões oculares, pois a redução da luz provoca a dilatação da pupila, o que aumenta a entrada de radiação.
No caso de queimadura ocular, é necessário a avaliação de um oftalmologista, pois a utilização de colírios sem indicação pode levar até mesmo a perda da visão.
No calor também aumentam os casos de conjuntivite, que podem ser devidos a água da piscina ou do mar, em virtude de alergia a substâncias químicas tóxicas como o cloro, que é extremamente irritante para a pele e mucosas, ou devido a alérgenos dispersos no ambiente, como pólens, poeira e ácaros. As conjuntivites podem ceder somente com a interrupção da exposição ao agente, ou é necessário o tratamento adequado, com o uso de colírios para alergia, ou no caso de conjuntivite infecciosas, com o uso de antibióticos e outros colírios específicos. No caso de irritação ocular, lavar bem os olhos com água limpa e o uso de um colírio lubrificante pode ser suficiente para sanar os sintomas.
A água do mar, e a piscina principalmente, podem conter bactérias, vírus e protozoários que provocam conjuntivites. O risco aumenta em usuários de lente de contato, sendo recomendado o uso de lentes de contato descartáveis diariamente, e caso suspeite de contaminação ou conjuntivite, evitar o seu uso até o desaparecimento dos sintomas. Um dos sinais deste tipo de conjuntivite são os olhos grudados pela manhã e a presença de secreção amarelada. Em virtude da possibilidade de contágio é necessário tratamento adequado e evitar o contato com outras pessoas.
Aproveitar o calor e o sol adequadamente é a melhor maneira de evitar problemas. Vale lembrar que o melhor período é antes das 10 horas da manhã e após as 16 horas, com os devidos ajustes do horário de verão, com óculos de sol, boné, protetor solar e um bom guarda sol para as crianças. Bom verão!

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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O Gato e a Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma das mais importantes doenças oculares em nosso país. É uma doença parasitária causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, e praticamente 60 a 70% da população brasileira já foi infectada. Na primeira infecção a pessoa desenvolve sintomas parecidos com uma gripe fraca por alguma semanas, ou muitas vezes não possui sintoma algum e passa totalmente despercebida. É uma doença que necessita de controle no pré-natal, pois caso a mãe contraia esta infecção ela poderá passar para o feto.

O parasita encontra-se espalhado no ambiente, mas é o gato o seu principal hospedeiro. Os cistos são eliminados nas fezes dos felinos e contaminam o ambiente, como a água, verduras e animais. Os animais, ao ingerirem as fezes do gato, são infectados e transmitem a doença através da carne, pois o cisto cai na circulação sanguínea e se aloja nos músculos. A ingestão de carne mal cozida é uma das principais formas de transmissão da doença, sendo que em regiões onde o hábito de consumir grande quantidade deste alimento a incidência da doença é de quase 100% da população.
No corpo humano, o cisto após a sua ingestão, vai para a circulação sanguínea e se multiplica, alojando-se preferencialmente em músculos e em nervos. Pode causar febre, dores musculares, aumento dos linfonodos (ínguas) por algumas semanas, e após esta fase entra em latência (adormece), permanecendo em nosso corpo na forma de cistos. Em pacientes com a defesa imunológica comprometida pode causar até mesmo a morte. Se a doença for passada a uma criança antes de nascer, esta poderá nascer sem nenhum sintoma e vir a desenvolver a doença meses ou anos após a contaminação, acometendo os olhos e o cérebro.
Em virtude da sua preferência por nervos, os cistos da Toxoplasmose se alojam com facilidade na retina. Ao provocar a doença, causam uma inflamação chamada retinocoroidite, que compromete todas as camadas da visão. Quando localizada na periferia pode provocar embaçamento da visão, a percepção de pontos que passeiam no centro da visão, chamados de moscas volantes, ou simplesmente olho vermelho. Em muitos casos a pessoa apresenta apenas uma infecção e nunca mais apresenta outros sintomas. Em outras a doença volta a aparecer e causar seqüelas. Quando isto acontece no olho, a cicatriz de uma inflamação anterior volta a ficar ativa e produz uma nova cicatriz ao seu lado, pois o limite da cicatriz continua cheio de cistos. Caso as lesões atinjam a mácula, o centro da visão, a pessoa acaba por perder totalmente a visão.
O tratamento da Toxoplasmose pode ser feito na primeira infecção, o que é difícil de diagnosticar em virtude da sua similaridade com a gripe. No caso do diagnóstico ser feito logo após o nascimento, o uso de medicamentos que matem os cistos podem ser necessários por até um ano. No caso de doença ocular, na fase da infecção aguda, o uso de antiinflamatórios e antibióticos auxiliam no controle e redução dos sintomas.
A toxoplasmose pode ser prevenida com alguns cuidados básicos. O cisto morre a temperaturas em torno de 150 graus Celsius, ou seja, o preparo adequado dos alimentos evita a infecção. Alimentos mantidos no freezer por mais de 24 horas e lavar as verduras com hipoclorito (água sanitária diluída) também o inativam. A doença na gestação pode ser identificada através de exames de sangue específicos. No caso de suspeita de infecção, a mãe deverá ser tratada e o recém nascido deverá ser acompanhado por um oftalmologista após o nascimento. É aconselhado que os animais domésticos fiquem fora de casa no período gestacional.

 

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

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O envelhecimento da visão

Nosso corpo sofre com o passar dos anos, principalmente ao adentrarmos a fase da “melhor idade”, onde é necessário visitas mais constantes ao medico, e principalmente ao oftalmologista, para diagnosticar possíveis problemas. Estas mudanças são decorrentes do processo natural de envelhecimento provocado pela oxidação das células, devido as inúmeras reações químicas em nosso organismo. Apesar de não conhecermos com precisão como este processo ocorre, sabemos que algumas substancias nos protegem, como os antioxidantes, ou anti radicais livres, e outros aceleram, como o tabagismo, sedentarismo e o diabetes.
Duas importantes doenças que ocorrem com maior freqüência conforme envelhecemos são a catarata, a principal causa de cegueira reversível, e o glaucoma, uma causa de cegueira irreversível que pode ser tratada e prevenida, ambas já discutidas nesta coluna.
Outra importante causa de cegueira nos países desenvolvidos, e provavelmente no Brasil, é a Degeneração Macular relacionada a idade. É uma doença que afeta a mácula, responsável pela nossa visão central na retina, o que pode levar ao comprometimento de atividades habituais, como a leitura, o reconhecimento de fácies ou a habilidade para dirigir. Atinge pessoas geralmente a partir dos 60 anos, sendo que há o aumento da chance de desenvolver este problema com o envelhecimento.
Há duas formas da doença, conhecidas popularmente como forma úmida e seca. A forma seca é responsável por 80% dos casos, é a forma menos agressiva, mas também não possui um tratamento efetivo. É responsável por 20% dos casos de cegueira relacionados com a degeneração macular. Nesta forma há o depósito de uma substancia amarelada em uma das camadas da retina, que recebe o nome de drusas, que aparecem ao redor da mácula, e acredita-se que sejam restos do metabolismo das células desta região. O acúmulo de várias drusas pode provocar um quadro de atrofia das células da retina, piorando a visão. Em alguns estudos financiados pelo governo americano descobriu-se que pessoas que comem alimentos ricos em betacaroteno (beterraba, cenoura), vitamina C (encontrada em frutas cítricas como laranja e acerola) e vitamina E (encontrado em cereais) possuem uma chance menor de desenvolver a doença, ou se já a possuem, demoram mais tempo para apresentar piora.
A forma úmida é mais rara, causa mais danos a visão e é responsável por 80% dos casos de cegueira da degeneração macular. Nesta forma há o crescimento de vasos sanguíneos defeituosos entre as camadas da retina, e a perda de líquidos através dos vasos, assim como hemorragias nesta região, levam a perda de visão progressiva. Para esta forma há diversas formas de tratamento, algumas com melhores resultados do que outras, sendo que as pessoas respondem diferentemente ao tratamento. Pode ser utilizado laser para a cauterização dos vasos, com o uso de substancias que potencializam a sua ação nesta região; injeções de substancias que inibem o crescimento dos mesmos, ou cirurgia. O tratamento dependerá da extensão da lesão, visão e possível resposta ao tratamento.
Esta doença costuma afetar mais mulheres do que homens, sendo mais comum naquelas que possuem pele e olhos claros. A obesidade é outro fator de risco, assim como a hipertensão arterial, a presença de pessoas na família com a doença e em fumantes. Apesar do tratamento em muitos casos não provocar a melhora da visão, o diagnóstico precoce pode permitir a mudança de hábitos que abreviem o aparecimento desta doença, ou incorporar outros que possam reduzir a velocidade do seu desenvolvimento.

Dr. Marco A. Olyntho Jr.
Médico Oftalmologista

São José do Rio Preto-SP

O mito do Coelho e da Cenoura

Praticamente todo mundo reclama que a partir dos 40 anos apresenta algum tipo de dificuldade visual. Várias dessas dificuldades podem ser resolvidas com o uso de uma correção como um óculos ou uma lente de contato, mesmo que a dificuldade seja somente para perto. O que as pessoas desconhecem é que o que comem, ou deixam de comer, possui uma influência e tanto na visão.

Há anos os cientistas estudam a relação da alimentação na visão, mas até então, em decorrência do longo tempo necessário para observar alguma mudança, estas avaliações eram difíceis de perceber. Apenas nos últimos anos as pesquisas iniciadas há 20-30 anos tiveram suas conclusões publicadas, e mais do que indicar tratamentos mirabolantes, estes estudos postulam que a manutenção de uma alimentação rica em nutrientes e variada é o grande segredo para uma boa visão.

Isto não quer dizer que os alimentos nos farão parar de usar óculos, mas estes nos propiciarão uma visão melhor, quando necessário, porque o olho e suas estruturas estarão mais saudáveis. Mas além dos olhos, todo o nosso organismo é beneficiado, pois terá a sua disposição as vitaminas, antioxidantes e sais minerais necessários para o crescimento e reparação dos danos que sofremos.

Na infância, a falta de vitamina A, comum nos vegetais frescos, como a cenoura, rica em betacaroteno que se transforma em vitamina A no nosso organismo, e alimentos ricos em proteína (carne, leite e grãos), pode causar uma doença chamada xeroftalmia, que é o ressecamento da pele, da conjuntiva e da córnea, que leva a perda de visão. A vitamina A é uma substancia essencial para a visão por participar do processo de condução dos estímulos visuais. Assim, a sua carência pode levar a cegueira noturna.

A vitamina C, presente nas frutas cítricas e outros vegetais, é um componente importante do colágeno, proteína presente em todo o olho, principalmente no cristalino, que é acometido pela catarata e perde a elasticidade com o tempo, tirando-nos a visão para perto. Em estudos realizados comprovou-se que indivíduos com uma dieta balanceada ou que utilizavam complemento vitamínico onde a vitamina C era suplementada desenvolviam catarata em uma idade mais avançada do que naqueles que tinham uma dieta pobre.

Uma doença onde as vitaminas desenvolvem um fator comprovado é na Degeneração Macular Senil. Esta doença que afeta a mácula, região do olho responsável pela visão central, é desencadeada pela maior sensibilidade a luz, levando a sua degeneração. Com isso, a visão central aparece distorcida e embaçada, podendo levar a cegueira. As pessoas acima de 50 anos, fumantes e de pele clara estão no grupo de risco. A suplementação de vitaminas que protegem a mácula podem reduzir em até 25% o aparecimento da doença.

A associação de uma alimentação balanceada com exercícios físicos é o ideal para uma vida e visão saudáveis. Vale lembrar que o uso excessivo de vitaminas também pode levar ao desenvolvimento de doenças.

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

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São José do Rio Preto - SP


O Olho Diabético

O Diabetes Mellitus é uma disfunção metabólica que afeta o controle dos açucares no sangue e também repercute no metabolismo das gorduras e das proteínas. É uma doença complexa que necessita de um grande empenho do paciente para ser controlada, seja através da dieta adequada, com o uso de medicamentos para a regulação da glicose, um açúcar importante para a manutenção do nosso metabolismo, ou através da mudança dos hábitos de vida, além da visita regular ao seu médico. Estima-se no Brasil que 12% da população seja portadora de uma das formas de Diabetes, o que significa que há aproximadamente 10 milhões de diabéticos em nosso país, o que coloca esta doença como um dos mais importantes problemas de saúde pública.

O excesso de açúcar no sangue, que pode ser medido por um exame simples, provoca uma série de lesões no corpo humano, principalmente nos vasos sanguíneos, que expostos as altas taxas de glicose por um longo período de tempo acabam por serem danificados e perdem a capacidade de transportar adequadamente todos os elementos do sangue, provocando o vazamento de líquidos e proteínas para os tecidos próximos. Outras importantes estruturas que sofrem os efeitos do Diabetes são os nervos, os rins e o coração.

No olho o diabetes pode provocar alterações imediatas ou de longo prazo. Uma das alterações imediatas é o embaçamento visual provocado pela hiperglicemia. O aumento do açúcar no sangue afeta o equilíbrio dos líquidos oculares e do cristalino, alterando o trajeto da luz dentro do olho e portanto, levando a alteração da refração necessária para obter a visão normal. Quando a glicemia reduz, a visão melhora.

A Catarata, que é a perda de transparência do cristalino, é um outro problema causado pelo diabetes. Há casos de pacientes que desenvolveram catarata em um curto período de tempo em decorrência da alta glicemia, mas o mais comum são as alterações que aparecem no longo prazo. Outra doença ocular associada ao diabetes é o glaucoma, que é uma neuropatia que leva a perda progressiva de visão, começando na periferia e evolui até a perda da visão central.

As alterações de longo prazo são decorrentes de anos de diabetes não controlado e associado a lesão nos vasos sanguíneos, que afetam a retina, e consequentemente, a visão. É chamada de Retinopatia diabética, e pode ser dividida na forma não proliferativa e forma proliferativa. A forma não proliferativa é caracterizada pelas alterações vasculares como os microaneurismas, os bloqueios vasculares, as hemorragias e o vazamento de líquidos na retina. Pode ocorrer comprometimento da visão, mas o controle do diabetes pode retardar o aparecimento de lesões mais graves ou levar a melhora das lesões já existentes.

Na forma proliferativa, que é a forma mais severa, há o crescimento de novos vasos na retina que são anormais e frágeis, provocando hemorragias e trações da retina e vítreo que levam ao descolamento da retina, provocando baixa da visão ou até mesmo cegueira.

A principal forma de tratamento da Retinopatia Diabética é a prevenção. A visita a um especialista e a realização de exames específicos permitirá a prevenção do aparecimento de alterações mais graves. A utilização de laser para a cauterização de vasos alterados pode evitar a evolução da doença, e a utilização de medicamentos que permitem o controle do crescimento dos vasos pode evitar a necessidade de uma cirurgia e a perda definitiva da visão. Por ser uma doença crônica, quanto antes diagnosticada e controlada, maior é a chance de uma vida com melhor qualidade e visão saudável no futuro.

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

www.olyntho.med.br

São José do Rio Preto - SP


Lentes de Contato – Solução para quem não gosta de óculos

A maioria dos pacientes que usam óculos sonham em um dia deixar de usá-los. Muitos pensam em cirurgias ou até mesmo abandonam o uso dos óculos por considerá-los desconfortáveis ou antiestéticos, apesar da melhora da visão que estes proporcionam. Felizmente para estes pacientes há um recurso que permite associar a boa visão sem o uso de óculos e sem a realização de cirurgias, com a utilização de lentes de contato.

Existem diversos tipos de lentes de contato, como as rígidas, indicadas para pacientes que possuem irregularidades na córnea, e as gelatinosas, indicadas para a maioria dos pacientes. Dentre estas existem as descartáveis, de uso prolongado, as tóricas e as multifocais. Os compostos que as formam são dos mais variados possíveis, permitindo variações no conforto e na tolerância ao uso prolongado.

As lentes de contato possuem outras vantagens em relação ao óculos além do estético. Pelo seu contato com os olhos as lentes são indicadas para a prática de esportes, onde o uso de óculos convencionais não são apropriados, propiciando ao usuário a ampliação do seu campo visual, pois não há armações ou lentes “atrapalhando” a visão. Também não sofrem com a luz refletindo nelas, o que prejudica pessoas que necessitam dirigir a noite e sentem o desconforto da luz refletindo nos óculos. Outra vantagem é a possibilidade de utilizar óculos de sol sem se preocupar com a visão e com a ausência dos óculos de grau habituais.

As lentes de contato atuais são produzidas com materiais que filtram os raios ultravioletas, produzindo uma proteção adicional e com isso reduzindo o aparecimento de catarata e degeneração macular. Hoje são indicadas não apenas para as pessoas que possuem miopia ou hipermetropia, mas também para aqueles que possuem astigmatismo e presbiopia, popularmente conhecido como vista cansada, que acomete as pessoas acima dos 40 anos. Há as lentes cosméticas, ou seja, que podem ou não possuir grau, mas alteram a cor dos olhos do paciente.

Mas as lentes de contato não apresentam apenas vantagens. Elas não são indicadas para todos os pacientes, como os óculos, pois há pessoas que não podem utilizá-las em decorrências de doenças oculares, alergias e alterações no formato do olho que somente uma consulta ao oftalmologista consegue identificar. Não é o mesmo grau dos óculos que é utilizado nas lentes, devendo o usuário passar por uma consulta onde a lente será calculada para se adaptar corretamente nos olhos, assim como será verificado se ela não está provocando alguma reação indesejada em virtude da alteração na oxigenação da córnea.

Outra desvantagem das lentes é em virtude do cuidado com a sua limpeza. As lentes devem ser acondicionadas em estojos especiais quando não estiverem sendo utilizadas e imersas em um produto adequado a sua limpeza e conservação. A utilização de produtos não adequados propicia o crescimento de microorganismo que podem causar doenças nos olhos, e em alguns casos levando a perda da visão, como as provocadas por amebas e fungos. Estas doenças são diagnosticadas principalmente em pacientes que utilizam erroneamente as lentes e não seguem as orientações de um oftalmologista, acometendo principalmente usuários de lentes de contato cosméticas, que costumam adquirir suas lentes em óticas e farmácias e não recebem aconselhamento adequado.

As lentes de contato não substituem os óculos, pois haverá momentos que as mesmas não poderão ser utilizadas, por exemplo quando os olhos estiverem irritados. Quando utilizadas corretamente são tão seguras quanto os óculos, mas para isto somente utilize lentes recomendadas pelo seu oftalmologista e o visite com regularidade para detectar problemas precocemente.

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

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Glaucoma, uma doença insidiosa.

O glaucoma constitui um grupo de doenças oculares que sorrateiramente “rouba” a visão, e no estágio inicial geralmente não produz qualquer sintoma. Estudos demonstram que praticamente metade das pessoas que tem a doença não tem a menor noção que a possuem.

A perda de visão é provocada por danos ao nervo óptico, que simbolicamente representa um cabo elétrico com milhões de fios que se conectam aos fotorreceptores, que são as estruturas responsáveis por transformar o que enxergamos em impulsos elétricos. Estes impulsos são conduzidos pelo nervo óptico até a região posterior do cérebro, que é a região responsável pelo processamento das imagens recebidas pelo olho.

Ainda não se sabe bem ao certo o que causa o glaucoma, tão pouco é conhecido um tratamento específico. Através da análise do nervo óptico no exame oftalmológico ou com o uso de exames que medem o campo visual e a sensibilidade dos fotorreceptores, é possível diagnosticar e avaliar a progressão da doença. O glaucoma acomete inicialmente a periferia da visão, por isso dificilmente o paciente percebe o seu início. Progressivamente as fibras nervosas, ou seja, os fios que formam o nervo óptico, começam a morrer e conseqüentemente perdem a capacidade de transmitir as imagens para o cérebro.

O que se sabe é que a pressão intraocular possui uma função importante no controle da doença. Apesar de haver uma faixa de pressão conhecida como “normal”, observamos a incidência da doença em pacientes que estão dentro desta faixa. A utilização de colírios para baixa-la é uma das maneiras de impedir a progressão do glaucoma, e o que se conhece como a pressão ideal somente é possível através da avaliação da mesma antes do tratamento, da severidade do dano glaucomatoso e da idade do paciente. Nesta análise é muito importante o exame do fundo do olho, que permite identificar os sinais precoces do glaucoma.

O glaucoma apresenta diversas facetas e formas de desenvolvimento, acometendo crianças na sua forma congênita, associado a outras doenças oculares, a transmissão familiar e ao envelhecimento. A melhor forma de controlá-la é com o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

 

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

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Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

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Garantindo a Visão no Futuro

Os pais se preocupam com vários aspectos da saúde dos filhos, desde o pré-natal, logo após o parto, já sob os cuidados do pediatra e segue por toda a infância. Assim como a alimentação, os estímulos do ambiente e a prevenção das doenças comuns na infância são importantes para o desenvolvimento saudável. Para a visão não é diferente, principalmente porque não nascemos com ela totalmente desenvolvida, e o que e como enxergamos depende do desenvolvimento adequado desde os primeiros dias de vida até o início da vida escolar.

As doenças ou problemas que afetam os olhos neste período são raros, mas podem ser tratadas e com isso garantir uma visão normal. Entre os problemas mais c omuns diagnosticados estão o estrabismo ou olho torto; erros refracionais, como miopia, hipermetropia e astigmatismo; ambliopia ou olho preguiçoso e ptose ou pálpebra caída.

O estrabismo ou olho torto é uma das principais queixas dos pais e geralmente responsável pela primeira visita ao consultório. Geralmente o que se pensa ser estrabismo é na verdade um falso estrabismo e desaparece com o crescimento. O estrabismo verdadeiro é dificilmente percebido pela família e pode levar a perda da visão binocular, redução ou perda da visão de um dos olhos devido a falta de estímulo adequado. Esta perda é chamada ambliopia, e quando diagnosticada precocemente pode ser tratada com o uso de tampão no olho bom para estimular a visão do olho preguiçoso.

Os erros refracionais também podem causar ambliopia quando a diferença de grau é suficiente para privar a visão em um dos olhos. Isto é comum quando há uma diferença de grau muito grande de um olho para o outro suficiente para que o nosso cérebro precise intervir e “desligue” o olho com visão pior. O que enxergamos é a somatória da visão nos dois olhos, e quando um dos olhos capta uma imagem que é de baixa qualidade e é diferente da melhor visão obtida, ele prioriza o olho melhor e o pior não se desenvolve completamente, e se não houver a correção antes da idade escolar, há a perda da visão apesar de estruturalmente o olho ser normal.

A ptose é outro problema que pode causar ambliopia, se a queda da pálpebra for suficiente para cobrir a pupila do olho afetado. Pode ser de origem congênita ou em decorrência de trauma durante o parto ou alguma inflamação. Outras doenças mais raras podem levar a cegueira, como a catarata congênita, comum em mães que contraem rubéola durante a gestação; a retinopatia da prematuridade que acomete crianças que ficaram longo tempo em incubadoras; e uma das doenças mais sérias é o retinoblastoma, um tumor que pode ser tratado com cura na fase inicial, mas pode levar a morte se não tratado.

Crianças geralmente não percebem que enxergam mal, pois não sabem se sua visão é normal. Muitas vezes uma simples foto nos dá pistas valiosas sobre os olhos, seja se estão tortos ou se possuem um brilho ou reflexo diferente do normal, como no retinoblastoma e na catarata, onde o reflexo vermelho é substituído por um esbranquiçado. A visita a um oftalmologista nos primeiros meses de vida é suficiente para identificar e tratar estas doenças e estabelecer um plano de visitas que garanta um desenvolvimento saudável da visão.

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

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Catarata – Reabilitando a Visão

O olho humano se assemelha a uma câmera fotográfica. A lente que faz o zoom e serve para focalizar os objetos tanto longe como perto recebe o nome de cristalino e está localizado atrás da íris, que confere a cor aos olhos e serve para regular a quantidade de luz. O cristalino sofre alterações durante toda a vida, e em geral após os 40 anos há perda da capacidade de focalizar os objetos para perto, sendo necessário compensar esta dificuldade com óculos. Outra alteração que esta lente pode apresentar é a perda da transparência, o que é chamado de catarata. Estima-se que 50% das pessoas acima de 60 anos possuam este transtorno, mas pessoas mais jovens também podem ser acometidas em decorrência de doenças como a rubéola.

A catarata leva a uma perda gradativa da visão, e muitas vezes só é percebida quando limita a realização de tarefas habituais, como dirigir ou assistir televisão. É comum a queixa de halos ao olhar para a luz ou dificuldade para perceber cores no estágio inicial, até a completa incapacidade de enxergar, levando a uma cegueira que pode ser tratada com a remoção do cristalino defeituoso, substituindo-o por uma lente. Com uma lente adequada é possível corrigir a visão para longe, e com a utilização de lentes especiais, até mesmo a visão para perto.

A cirurgia de catarata pode ser feita de diversas maneiras. A cirurgia tradicional é conhecida como extracapsular, ou seja, é feito uma abertura no olho que permite a remoção do cristalino inteiro. Após a remoção é inserida uma lente e dado pontos para o fechamento da incisão. Esta cirurgia é feita mundialmente e de custo baixo, não necessitando de equipamentos muito sofisticados, mas unicamente da habilidade do cirurgião.

Outra forma de se remover a catarata é através da facoemulsificação. Nesta técnica o cirurgião utiliza um aparelho de ultrassom para fragmentar o cristalino em pequenos pedaços que são aspirados por uma cânula através de uma incisão de 3,2 mm ou menor. Geralmente não é necessário dar pontos e a lente é introduzida no olho dobrada através da mesma incisão. No Brasil esta técnica ganhou força a partir da década de 90, sendo que um dos precursores desta técnica, o Dr. Benicio Dini de Mendonça, foi um dos primeiros a trazer esta tecnologia para a região e a utilizá-la para operar pacientes nas campanhas de catarata na cidade de Ibirá, que dispõem dos equipamentos e materiais especiais necessários para a sua realização.

Apenas por curiosidade, hoje esta técnica está tão avançada que é possível, utilizando equipamentos adequados, remover o cristalino através de uma abertura de 0,7 mm, ou seja, da espessura de uma lapiseira. Esta técnica foi desenvolvida no DR.AGARWAL’S EYE HOSPITAL na Índia, onde outras técnicas revolucionárias estão sendo desenvolvidas para o tratamento de doenças oculares.

Muitos pacientes possuem a noção que a cirurgia de catarata é “simples” pois em poucos minutos de cirurgia e em alguns dias estão enxergando bem. Na verdade, conforme a tecnologia avança, mais complicada ela fica, em virtude das diferentes técnicas que podem ser utilizadas para o tratamento. Desta forma, a capacitação do profissional e o equipamento é muito importante para oferecer o tratamento mais adequado e com risco menor para a reabilitação da visão.


Dr. Marco Antonio Olyntho

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A estação dos olhos secos

Estamos no outono e as chuvas começam a escassear, processo que se intensifica durante todo o inverno. Esta estiagem, além de preocupar os agricultores e pecuaristas, também preocupa as pessoas que são afetadas pela Síndrome do Olho Seco.
Esta síndrome pode ser causada por inúmeros fatores e doenças e costuma acometer mais as pessoas da terceira idade. Basicamente é causada pela falta de umidade e lubrificação inadequada do olho, e em virtude da variação da intensidade que os pacientes são acometidos, geralmente muitos ficam sem tratamento ou até mesmo desconhecem que a apresentam, sendo comum associá-la a alergias e infecções oculares.
Os sintomas mais comuns associados a síndrome do Olho Seco são a sensação de queimação, ardência, coceira, sensação de areia nos olhos, ressecamento, sensibilidade aumentada a luz e secreção de muco aumentada. Um sintoma muito comum e aparentemente contraditório é o lacrimejamento, que causa muito desconforto.
As lágrimas apresentam uma função muito importante para a saúde ocular, protegendo o olho contra os efeitos nocivos do ambiente, como as infecções, poeira e outras partículas aéreas. Também ajudam na visão, pois eliminam as imperfeições da córnea, mantendo-a clara e sem distorções, além de proporcionar uma sensação de conforto nos olhos em virtude da lubrificação. Mas todo este equilíbrio pode ser quebrado se qualquer porção que constitui o filme lacrimal for alterado.
Para proteger nossos olhos o organismo produz dois tipos de lágrima: as lágrimas basais, são as que protegem o olho e são produzidas por glândulas microscópicas presentes na conjuntiva; e as lágrimas reflexas, que são ativadas no caso de irritação ocular e nas emoções, são produzidas por outra glândula e servem para “lavar”os olhos. Estas últimas geralmente estão presentes nos pacientes com olho seco.
Os fatores que podem desencadear esta Síndrome são vários, sendo os mais comuns:
• O ambiente: clima seco, com vento, poluição, ar condicionado, locais fechados, etc.
• Medicamentos: na utilização de descongestionantes, antihistamínicos, tranqüilizantes, remédios para dormir e medicamentos para a hipertensão, entre outros.
• Doenças sistêmicas: é comum associado a artrite, lúpus, alergias e em doenças da pele.
• Faixa etária: na terceira idade, associado a menopausa, alterações na constituição das pálpebras, etc.

O diagnóstico pode ser feito durante a consulta oftalmológica ao se examinar o paciente na lâmpada de fenda. Os sintomas são importantes para se determinar a gravidade do problema, e muitas vezes são necessários recorrer a exames específicos.
O tratamento depende da causa, da gravidade e da associação com outras doenças. Para os casos mais leves e associados a condições ambientais a utilização de um umidificador de ambientes e desligar o ar condicionado podem ser suficientes. Pode ser necessário a utilização de colírios lubrificantes, sendo necessário analisar a tolerância e a gravidade para um tratamento correto. Nos casos mais graves ou associados a doenças sistêmicas, pode ser necessário a utilização de antibióticos, antiinflamatórios e outros métodos para um tratamento eficaz.
Vale lembrar que a Síndrome do Olho Seco apresenta sintomas que são comuns a outras doenças oculares, podendo até mesmo estar associada a elas. A avaliação por um oftalmologista é imprescindível para um tratamento eficaz e correto.

Dr. Marco Antonio Olyntho

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