segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Glaucoma, uma doença insidiosa.

O glaucoma constitui um grupo de doenças oculares que sorrateiramente “rouba” a visão, e no estágio inicial geralmente não produz qualquer sintoma. Estudos demonstram que praticamente metade das pessoas que tem a doença não tem a menor noção que a possuem.

A perda de visão é provocada por danos ao nervo óptico, que simbolicamente representa um cabo elétrico com milhões de fios que se conectam aos fotorreceptores, que são as estruturas responsáveis por transformar o que enxergamos em impulsos elétricos. Estes impulsos são conduzidos pelo nervo óptico até a região posterior do cérebro, que é a região responsável pelo processamento das imagens recebidas pelo olho.

Ainda não se sabe bem ao certo o que causa o glaucoma, tão pouco é conhecido um tratamento específico. Através da análise do nervo óptico no exame oftalmológico ou com o uso de exames que medem o campo visual e a sensibilidade dos fotorreceptores, é possível diagnosticar e avaliar a progressão da doença. O glaucoma acomete inicialmente a periferia da visão, por isso dificilmente o paciente percebe o seu início. Progressivamente as fibras nervosas, ou seja, os fios que formam o nervo óptico, começam a morrer e conseqüentemente perdem a capacidade de transmitir as imagens para o cérebro.

O que se sabe é que a pressão intraocular possui uma função importante no controle da doença. Apesar de haver uma faixa de pressão conhecida como “normal”, observamos a incidência da doença em pacientes que estão dentro desta faixa. A utilização de colírios para baixa-la é uma das maneiras de impedir a progressão do glaucoma, e o que se conhece como a pressão ideal somente é possível através da avaliação da mesma antes do tratamento, da severidade do dano glaucomatoso e da idade do paciente. Nesta análise é muito importante o exame do fundo do olho, que permite identificar os sinais precoces do glaucoma.

O glaucoma apresenta diversas facetas e formas de desenvolvimento, acometendo crianças na sua forma congênita, associado a outras doenças oculares, a transmissão familiar e ao envelhecimento. A melhor forma de controlá-la é com o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

 

 

 

Dr. Marco Antonio Olyntho

CREMESP 92737

Médico Oftalmologista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Especialista em Glaucoma pelo Hospital das Clínicas - Universidade de São Paulo

Membro da American Academy of Ophthalmology

marco@olyntho.med.br

www.olyntho.med.br

São José do Rio Preto - SP


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